A infância é uma das fases mais belas na vida de um ser humano, é quando somos apresentados ao mundo no qual vamos viver. É a fase do crescimento físico e da evolução das funções motoras, emocionais e cognitivas.

Todas as experiências vividas na infância moldam a pessoa que a criança se tornará quando adulta em é nesta fase que a autoestima começa a ser construída e consolidada.

Nesse período, os maus-tratos – sejam eles quais forem – geram profundas feridas emocionais. É comum pensarmos em maus-tratos como violência física propriamente dita, porém, o medo do abandono, da rejeição, a falta de acolhimento, de carinho e de compreensão também são maus-tratos e têm profundo impacto na vida de uma pessoa.

Bullying, humilhações, ambiente familiar hostil, brigas, insultos, palavras agressivas e cheias de raiva também destabilizam a criança, seja ela vítima direta ou testemunha deste tipo de comportamento abusivo, nocivo e violento.

Crianças que passam por estas situações podem chegar à fase adulta sentindo-se afetadas em muitas esferas da sua vida – mesmo que inconscientemente. Podem tornar-se pessoas inseguras, emocionalmente dependentes, agressivas, com sentimentos de inferioridade, pessimistas e até mesmo solitárias.

Estas feridas emocionais precisam ser compreendidas e tratadas, para que não durem toda a vida. Nesses casos, a Psicoterapia é muito indicada, para que o adulto aprenda a acolher a sua criança ferida e, possa ressignificar os acontecimentos da infância e amenizar essas dores.

O autoconhecimento ajuda a pessoa a entender melhor a origem do sofrimento e até de alguns dos seus próprios padrões de comportamento, que podem ser influenciados por essas dores que começaram na infância.

É possível, sim, usar recursos internos para ressignificar estes acontecimentos e diminuir o peso emocional. A Psicologia é uma importante aliada neste processo, que envolve olhar para o próprio passado, mas sem se manter prisioneiro dele, nem das suas dores.